Descrição
A construção do Aqueduto das Águas Livres e do subsequente ramal das Necessidades foi muito importante para a freguesia dos Prazeres. Este majestoso equipamento setecentista está classificado como Monumento Nacional. Há muito que Lisboa reclamava por água. D. João II e D. Manuel I tinham mostrado verdadeira preocupação com o assunto, especialmente o segundo rei, que projectou captar as águas vindas do Chafariz do Andaluz até ao Rossio e tornou pública uma fonte particular da Horta Navia. Em 1755, o Journal Étranger escrevia acerca do aqueduto: “A mais magnífica e a mais sumptuosa empresa deste género sem excluir as dos Romanos e dos Franceses”. A rede de ramais, galerias e outros aquedutos secundários que desaguam no troço principal é, na prática, um rio artificial que faz do Tejo o seu grande rival.
Temporariamente, Lisboa tem no rio natural a grande estrada e no rio artificial o seu silo de água. A partir da edificação do aqueduto irão erguer-se os chafarizes públicos, que no seu conjunto constituem, porventura, o mais belo grupo escultórico e arquitectónico da história das águas de Lisboa. Na freguesia dos Prazeres, a Cova da Moura foi beneficiada em 1786 com oito penas de água, vantagem reduzida somente para uma pena em 1822, visto que o depósito, com capacidade para cento e cinquenta pipas, já só tinha trinta e duas de reserva.
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